Gosto de olhar para a janela e pensar quantos quilómetros de distância. Quantas vezes fazemos o mesmo gesto ou se sequer estaremos no mesmo planeta. Gosto de imaginar que me dás a mão e me mostras que estou errada, que o mundo está errado. Sonhava que colocarias o mundo de pernas para o ar só por minha causa, para me tornares especial. Queria pegar num lápis e escrever o teu nome num caderno inteiro e mostrar-te o número de vezes que o meu pensamento estava em ti. Queria poder chegar perto de ti, sorrir levemente, colocar os meus braços à tua volta e sentir os teus nas minhas costas, pousar a testa sobre o teu ombro, inspirar o cheiro do teu casaco, agradecer por estares lá e sentir-te sorrir contra o meu cabelo, ouvir-te sussurrar ao ouvido, beijares-me a testa e provares-me que sonhos podem por vezes acontecer. Queria acender a minha estrelinha da sorte e ver a tua sombra nela. Queria que todos esses quereres fossem reais. Mas talvez nós nem estejamos no mesmo planeta, continente, país, terra ou rua. Talvez tu nem sequer me vais olhar de novo nos olhos ou pegar-me na mão. Provavelmente nunca verei o mundo contigo e nunca rirei com as tuas piadas. De certeza que a nossa vida nunca se cruzará jamais no presente ou no futuro e eu nunca poderei colocar um determinante possessivo antes do teu nome. Mas obrigada pelo teu olhar, e pelo sorrisos que me fizeste dar. Obrigada por existires e por fazeres tudo valer a pena. Obrigada por seres feliz. Não preciso que me pegues na mão, mas sinceramente precisava do teu abraço.
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