domingo, 11 de julho de 2010

I love the way you lie....


If I tell you I love you, can I keep you forever?
Casper

I don't know how you do it but it certainly isn't fair.

Então a raposa apareceu.
"Bom dia", disse a raposa.
"Bom dia", o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. "Quem é você? Você é tão bonita de se olhar."
"Eu sou uma raposa", disse a raposa.
"Venha brincar comigo", propôs o Pequeno Príncipe. "Eu estou tão triste".
"Eu não posso brincar com você", a raposa disse. "Eu não estou cativada".
"O que significada isso – cativar?"
"É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam", disse a raposa. "Significa estabelecer laços".
"Sim" disse a raposa. "Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se você me cativar então nós precisaremos um do outro".
A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: "Por favor cativa-me."

Às vezes as pessoas não deviam necessitar de outras pessoas. Tudo seria muito mais fácil se não houvesse a necessidade de precisar de alguém. Se calhar há raposas que não nasceram para ser caçadas e se calhar existem príncipes que não nasceram para ser príncipes. No fim acaba sempre por ser a raposa a sair ferida de cena. Cada passo pintado por vermelho a escorrer-lhe do tornozelo. Simplesmente porque o caçador nunca sai caçado e a raposa apenas espera o seu próprio momento.

Há no entanto raposas que decidem elas mesmas partir. Se calhar a ferida doeria menos.

I love the way you lie.

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