sexta-feira, 5 de agosto de 2011

As crianças e eu...

Quando eu era pequenina costumava passar os dias com os meus avós maternos. Ia com a minha avó levar o almoço ao meu avô, comia um twix enquanto ela cuidava de uma senhora vizinha e, nos dias de festa, o meu avô levava-me a andar nos carrinhos. O homem conhecia toda a gente então eu andava nos carroceis toda a tarde, a maioria das vezes de graça. Também tinha dois melhores amigos vizinhos e, tendo desde cedo uma certa aptidão para mandar nos outros, obrigava-os a brincar às barbies comigo e tentava sempre pegar nos gatos dos vizinhos pelos rabos para fazer lançamento do peso. História verídica, a vida corria-me!
Mais ou menos duas décadas depois, mais concretamente ontem, lá fui eu buscar a minha prima mais nova para passear. Levá-la ao parque, ir comer um gelado à praia, ir aos karts e até mesmo tentar arrastá-la para fora da loja dos animais. Infelizmente o meu avô já não é vivo, mas foi na mesma esquisito ter que ver-me do outro lado da cerca, ser eu a cuidar dela durante o dia. Não tenho ainda pedalada para tomar conta diariamente de uma criança, mas serviu para dar mais valor a quem, tal como os meus avós, tem que aturar constantemente crianças rabugentas, ao mesmo tempo que trabalham e deixam a casa tal como deve ser.



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